Caríssimos educadores e pais, saudações! 

 

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Sou um compositor e cantor que trabalha com o universo infantil há 15 anos. Perdi a conta das plateias no teatro, das escolas e dos shows que fiz, mas me recordo da satisfação e do interesse no rosto da criançada em cada um deles. Sei, desde sempre, o tamanho do desafio que é oferecer canções e ritmos que não estão na grade da grande mídia e não fazem parte do dia a dia da criançada. Por isso aprendi a conquistar sua atenção pela novidade e surpresa contidas em cada ritmo, em cada música e em cada letra. Ritmo, música e letra. Já pararam pra pensar na responsabilidade de oferecer um conteúdo desses para o universo infantil? Penso nisso quando componho, sem deixar que as canções percam o frescor e a inspiração, já me desculpando pelo autoelogio. Respeito profundamente a inteligência das crianças e sei que sua capacidade de imaginação é única nessa fase da vida. Pelos resultados atingidos até agora, acredito que acertei a mão e posso, realmente, oferecer uma experiência musical sadia, animada e divertida, costurada pela intervenção de atores que conferem um gosto saboroso de teatro ao espetáculo e jogam um colorido especial no roteiro.

Finalmente, quero sugerir às escolas, educadores e pais, alguns desdobramentos possíveis que já assisti antes e depois das apresentações: dá para ouvir as canções e montar máscaras (de onça, por exemplo), adereços (orelhas de lobo, rabos de tatu, etc), além de propor a confecção de desenhos para serem coloridos, para depois serem encadernados e transformados em um livro único, exclusivamente montado e assinado pela criança, para marcar aquele momento e aquela passagem em sua vida. Dá também para promover sessões de ritmo, com palmas, passos e círculos de dança, trenzinhos ao som do frevo e do maxixe. Dá para pinçar algumas palavras e alguns trechos das letras e montar uma roda de adivinhação (“que bicho tem muito pescoço, pouco canto, muita pena, mas não voa, faz o seu ninho não nos galhos, mas na flor do chão?”)

Brincar de trava-línguas: “De manhãzinha, tanto buraco, mas o tatu, cadê tatu, tatu tá no mato. De tardezinha, tatu se esconde. Chamei tatu, cadê tatu, tatu não responde”.

Que tal ensaiar as crianças para cantarem a música de cada bicho brasileiro na próxima visita ao zoológico?

Que tal inventar uma brincadeira nova que tire as crianças um pouquinho dos games e promova uma atividade coletiva, como uma roda de canto e dança, brincando de explorar alguns instrumentos de percussão improvisados para acompanhar o instrumental do disco?
Ficam aqui essas sugestões e ideias, com minha sincera gratidão por sua atenção.

Obrigado.
Saulo Sabino.